terça-feira, 17 de junho de 2008

Mudei-me

Aos meus queridos leitores (como se fossem vários...), aviso que mudei de blog. Procurei um outro que me fizesse mais feliz e o achei no Wordpress.

http://flavianascimento.wordpress.com/

Se você entrar lá encontrará todos os mesmos posts daqui, sem diferença nenhuma no conteúdo. O design é bem melhor, mais moderno e mais "sério" (sem ofensas ao do blogspot).

Favor visitarem lá também, ficarei muitíssimo honrada.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Para o meu amor

Eu sempre gostei de escrever pra mim mesma. Pode até ser um pouco de egocentrismo mesmo mas tudo que escrevi nesse blog até hoje foram pensamentos meus, sentimentos meus. Só que hoje resolvei abrir uma exceção, hoje vou escrever pro meu amor.

Lindo da minha vida, eu simplesmente não seria o que sou sem você comigo. Confesso que eu nunca imaginei que fosse dar tão certo e que eu fosse te amar tanto! Me fala quem me ensinaria a jogar video game? Quem me arranjaria as melhores vagas de estágio? Quem me incentivou a ter um blog? Com quem eu ficaria até as 3h da manhã no skype falando bobagem? Quem me faz dar as risadas mais longas desse mundo com besteiras que na verdade são sem graças mas o jeito contado é o melhor?Quem eu eu morderia todo dia e que costas eu arranharia? Quem inventa os apelidos mais bizarros da face da Terra? (ah, isso aí sou eu mesmo...). Enfim, não sei se você já percebeu mas tudo que acontece de bom na minha vida é graças a você. E ela só tem ficado melhor a cada dia por sua causa.

Eu te amo. Amo de verdade como nunca tinha amado ninguém, sinto saudade mesmo quando faltam alguns minutos antes de nos despedirmos, quero passar o resto da minha vida ao seu lado, quero passar todos os dias e todas as noites com você, meu amor. Eu amo seu beijo e seu abraço, o seu cheiro, a sua risada, e até o "ai Flávia, ai Flávia viu" quando eu falo besteira (hahahahahaha).

Ok, esse post não tá lá essas coisas e não chega nem aos pés do que o que você me escreveu no seu blog, meu bem, mas deixo ele aqui porque na verdade ele tá bom sim.

hahahahahahhaha

TE AMO PRA SEMPRE, DIEGO

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Sugestão

Blog criado por mim, pelo Di, Leandro e Marcão pra aula de Produtos Culturais e Segmentação de Mercado.

A proposta era criar uma mídia de acordo com a pauta que outros grupos criaram. E aí criamos um blog com variedades para o público gay. Tá bem no começo ainda mas dá uma olhadinha:

http://gaybr.wordpress.com

=)

SP

Vou te contar que morar em São Paulo não é fácil. Se você levanta cedo e cruza a cidade pra poder chegar onde trabalha sabe bem disso. Quando não é o puta congestionamento que te faz andar na mesma velocidade que a velhinha de andador, é o transporte público precário que estressa, machuca e te faz chegar atrasado mesmo saindo com horas de antecedência. Sem contar os agravantes inesperados, é claro. E é disso que eu vou falar hoje.

5h30 da manhã. O despertador toca e a minha vontade era apenas de jogá-lo pela janela, virar pro lado e dormir até meio-dia. Infelizmente não pude fazer isso, por razões óbvias, mas tudo bem, a vida nem sempre é como a gente quer. Dei um pulo da cama, tomei aquele banhozinho matinal pra tirar o sono exagerado, arrumei minha bolsa e saí de casa. Como de costume, peguei o ônibus Metrô Tatuapé e uma hora depois eu estava lá. Não me espantei com a quantidade grande de gente que tinha ali nos arredores das catracas, isso é normal às 7h40 da manhã. Acontece que além da pequena multidão havia também pessoas com seus celulares a postos pronto para capturarem uma imagem que, no primeiro momento, achei que fosse de algum acidente. Ledo engano. Toda aquela confusão, empurra-empurra e desespero era porque a Mulher-Melancia estava lá desfilando seu farto quadril numa calça legging tão transparente de justa e um mini top cor-de-rosa. "Ah que bacana, vou chegar atrasada por que essa louca resolveu aparecer aqui no metrô a essa hora da manhã". Agora eu te pergunto, amigo leitor: o que raio essa mulher foi fazer lá? Só atrasar a vida dos babacas que paravam pra tirar foto e darem, claro, uma olhada nada discreta.

Ok, ultrapassei a multidão faminta por melancia e cheguei à plataforma. Parei atrás de uma senhora de seus 50 anos inconformada com a quantidade de gente que precisava urgentemente embarcar nos vagões já abarrotadíssimos de trabalhadores paulistanos. "É um absurdo! Espera o próximo, gente! Não empurra! Ai, tá pisando no meu pééééé!", gritava a mulher com um semblante assustado. Que é extremamente desagradável o metrô no horário de pico não há dúvidas, agora, fazer escândalo e não querer ninguém encostando é no mínimo uma falta de bom senso. Quer conforto? Vá de taxi! (Numa próxima ocasião postarei outras peripécias no metrô).

Depois do showzinho a parte da velha estressada, vem outro contratempo. Ao descer na estação Barra Funda, costumo pegar um outro tipo de transporte. É a chamada Ponte Orca, uma espécie de lotação gratuita que vai direto para a estação Vila Madalena em apenas 15 minutos. Uma mão na roda né porque aí você se livra da muvuca do metrô. Ok, para ir de Orca é necessário pegar uma senha antes. Peguei-a e me dirigi à fila. Minutos depois, ao procurar a tal senha, descubro que a mesma não estava no meu bolso. Bateu o desespero, meu Deus, não vou poder embarcar! Eis que, como por encanto, uma pomba dessas bem porcas voa e pousa na minha frente. Pousou e ficou parada no chão, e, ao fitá-la, percebo que a minha senha estava debaixo da pata dela. E a pomba não andava, parecia que fazia questão de pisar mais e mais no meu papelzinho. Dei uma risadinha de lado, fiz uma cara de 'não acredito numa coisa dessa' e fui lá pegar o que me pertencia. Cheguei pertinho dela, simulei um chute forte e a ave inútil decolou. Sorte que minha senha não tinha enganchado na pata dela e voado junto, imagina que cena hilária. Recuperei o papel e voltei pra fila. Vinte e poucos minutos depois peguei a tal Orca e consegui chegar com 5 minutos de antecedência. Não adianta muito sair cedo. Ai São Paulo da garoa, viu...você ainda acaba comigo.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Artigo - Ai o tempo...

É incrível como o tempo pode ser seu maior aliado ou seu pior inimigo. Repararam como esse ano tá voando? (o padre de SC que o diga).

Quando eu tinha 6 anos num fazia muita distinção do quanto demoraria uma semana ou um mês. Eu brincava, brincava, o tempo era amigo e não passava nunca, aí eu brincava mais um pouco. Acontece que eu cresci e precisei começar a frequentar a escola. Até aí tudo bem, eu ia pra aula e tinha a tarde inteeeeira pra fazer o que quisesse. Aí cresci mais um pouco e comecei a pensar em faculdade. O que acontece com o tempo? Começa a encolher porque pra conseguir entrar na faculdade é preciso estudar, e quando você tem uma coisa realmente importante com que se preocupar, o tempo acelera. Tá bom, faculdade garantida. O que você faz, além de aprender a tomar uma cervejinha e frequentar botecos após a aula? Se descabela com trabalhos, provas, leituras, estágios...tudo que envolve o mundo acadêmico universitário e faz o seu tempo livre se resumir a 10 minutos de intervalo entre as aulas. Não seria tão desesperador não fosse o fim da faculdade. Você se forma, consegue o tão sonhado diploma mas aí a batalha recomeça: é preciso se posicionar no mercado de trabalho. Não importa a área que seja, hoje em dia neguinho rala muito pra conseguir trabalhar naquilo que é formado. E as coisas só não são mais trágicas porque no fundo têm uma veia cômica: é fato que seus pais não duram pra sempre. Chegará uma hora em que sua roupa não estará passada e sua comida não estará quente em cima do fogão porque VOCÊ não teve tempo de fazer isso. Triste, mas real.

O tempo passa e num belo dia você conhece alguém interessante. Batem um papo, saem pra jantar, passam um domingo juntos. Quando vai ver já está completamente envolvido e você, meu caro, está num relacionamento sério. Todo mundo sabe que, se é pra valer, dá trabalho. Dá trabalho largar o futebol só pra ficar mais tempo com ela domingo de manhã, dá trabalho deixar de ir sempre na casa das amigas simplesmente porque ele odeia o papo delas, dá trabalho escolher um presente pra mulher principalmente se o aniversário de casamento esse ano cai justamente na semana de TPM, enfim. Vida a dois consegue o milagre de encolher ainda mais o seu escasso tempo. Se tem criança então, esqueça. Seu tempo passa a não te pertencer mais, ele passa a ser da família inteira.

Não, não estou amaldiçoando o casamento não! A questão abordada aqui é só o tempo, porque como eu disse, ele pode ser seu maior aliado ou seu pior inimigo, depende da fase de vida em que você se encontra. Mas não se desespere porque, segundo o anãozinho engraçado, 'tudo passa, tudo passará'. Inclusive o próprio tempo.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Sugestões

Com uma média de duas postagens por mês, vou levando a existência desse blog. Ultimamente não ando tendo aquela inspiração linda de escrever coisas bacanas e coerentes então no post de hoje recomendarei uns links de outros blogs que eu andei descobrindo por estes dias. Tem pra todos os gostos, desde os mais 'fofuxos' até os que debatem a política nacional e internacional. Vamos lá.

O primeiro deles é o blog do Fábio Hernandez, jornalista (!) da Época e do qual me tornei assídua leitora. As postagens são artigos que ele escreve de seu cotidiano e há também algumas passagens que contam da sua adolescência. Acesse: http://www.ohomemsincero.globolog.com.br/

Outra sugestão é o blog do Antonio Prata. Conheço os textos dele há algum tempo (desde os 14 ou 15 anos quando lia a revista Capricho) e estes do blog são bem mais elaborados e profundos (óbvio?). São artigos também basicamente sobre o cotidiano (adoro textos assim) e em algumas postagens dá pra dar umas boas risadas. Acesse: http://blogdoantonioprata.blogspot.com/2008/03/despedida.html

Levando mais a sério o nível das postagens, recomendo o blog do meu digníssimo amigo Leandro Vieira. O cara escreve sobre política nacional e internacional, bem como publica também textos retirados de outras fontes. Leitura de alto nível sem dúvida. Acesse: http://blogdoleandrovieira.wordpress.com/2008/05/03/militantes-pro-maconha-protestam/

Já no nível "blog fofo", o recomendado é com toda certeza o Para Francisco. A dona é a publicitária Chris, que aos 7 meses de gravidez perdeu seu marido numa morte repentina. Para não deixar que seu filho de 1 ano Francisco desconheça a história do pai, Chris escreve todos os dias textos de sua vida para que o menino quando crescer possa ler e conhecer. Bastante emotivo e poético, já é considerado um dos mais acessados no blogspot. Acesse: http://parafrancisco.blogspot.com/

Finalizando a listinha dos 5 melhores, recomendo o blog Lei de Murphy para quem gosta de histórias engraçadas e verídicas. É um dos mais velhos e foi criado em 2003. Acesse http://www.leisdemurphy.blogger.com.br/

terça-feira, 29 de abril de 2008

Amor

Hoje era pra ser um daqueles dias que tudo dá errado: acordei UMA HORA E MEIA atrasada, minha pele estava oleosíssima (maldito chocolate!), lotação entupida de gente (tinha um rapaz com os braços pra fora da janela e uma moça, que no caso era essa que vos fala, sem lugar pra se segurar apoiando-se no próprio rapaz com os braços pra fora) e o rotineiro caos que é a estação Sé às 8h da manhã. E pra piorar um pouquinho mais, uma prova a noite que, pelo visto, vai estar um tanto quanto complicada. Concorda que eu teria bons motivos para estar estressada e/ou nervosa? Pois bem, não estou. E a razão eu explico nos parágrafos seguintes.

Bem, existem pessoas e pessoas no mundo. Tem aquelas que sonham em ser ricas e famosas e aquelas que desejam, ainda que por pouco tempo, o anonimato; existem as que apreciam o mar e as que preferem uma casa no alto da colina; há também quem prefira brigadeiro a beijinho. Mas uma coisa comum entre todas elas é o amor. Existe alguém que não goste de amor? Não goste de carinho? Não goste de se sentir querido? Eu duvido! Falo do amor não só entre um homem e uma mulher ( entre homem/homem também!), mas no amor no seu sentido univesal. Amor de mãe, de irmão, pelo próximo, pela profissão, pela vida. E 99% do meu coração é amor! Acho que perceber isso me fez notar que um simples coletivo lotado e uma pele facial oleosa não pode ser mais importante do que amar.

Quem tem o costume de ler este blog deve estar se perguntando "por que raios esta garota resolveu falar de sentimentos hoje se ela nunca faz isso?". A resposta é simples: resolvi que, além de ser um portfólio de textos meus, usarei esse blog como uma forma de extravasar o que sinto (e ultimamente tenho sentido bastante coisa). Como hoje o dia não começou maravilhosamente bem, achei que dividir amor seria uma forma de alívio e de esquecer a 'subaqueira' pela qual tive que passar hj no Paraíso (que ironia).
É isso aí, paz e amor pra vocês, queridos leitores.


ps: Di, te amo!

domingo, 27 de abril de 2008

Futebol: um sonho a ser alcançado

Texto produzido para aula de Laboratório de Redação

De tempos em tempos novos talentos surgem no futebol brasileiro. Pode-se dizer que ser um grande jogador é sonho de grande parte dos meninos, porém, não é para todos que esta estrela brilha. É preciso, como os próprios dizem, "suar a camisa" para conseguir uma vaga num clube e destacar-se nele.
Este é o caso de Everton Ribeiro,19, jogador do Corinthians. Recentemente o rapaz ingressou no clube paulista e se diz satisfeito por ter conseguido chegar lá.
uma sensação maravilhosa,saber que você tá conseguindo realizar um sonho de criança e é realmente muito emocionante ver o estádio lotado,a torcida gritando seu nome e tudo mais", diz. Apesar de realizado por jogar em seu time do coração, Everton aponta um lado que o preocupa. " Tanto por parte da torcida como da mídia, há uma pressão enorme. Qualquer coisa que acontece aqui dentro vira notícia, qualquer erro a torcida pega no seu pé.Tem que ter muita tranquilidade pra trabalhar aqui", complementa.
Todo grande clube (seja ele nacional ou internacional) passa por graves e profundas crises. Com o Corinthians não foi diferente. O time passou por grandes dificuldades, especialmente no ano de 2007, onde durante o Campeonato Brasileiro, foi rebaixado para a série B, a famosa "segundona" . Até hoje o clube enfrenta a problemática de estar num grupo de times de categoria inferior ao que ele estava acostumado, e foi justo nessa época que Everton teve a grande chance de mostrar sua capacidade em campo. Quando questionado se a posição do Corinthians no campeonato atrapalhava-o pois estava em início de carreira, o jovem responde categoricamente: "por um lado atrapalhou, por outro ajudou. Foi ruim pois um rebaixamento fica marcado pra sempre na carreira de um jogador, principalmente por ser um clube como o Corinthians. Mas por outro lado, a torcida sempre me apoiou e jamais me xingou, eu consegui criar uma identificação com a torcida".
Histórias como a de Everton não são raras. Em todo canto do Brasil existem jovens sonhadores que almejam alcançar o estrelato jogando bola. Outro exemplo ocorre com Caju,19, também jogador do Corinthians recém ingressado no time.
Caju jogou durante muitos anos no clube paulista Juventus e agora, jogando no Corinthians, diz que a única coisa que difere um clube do outro é a torcida. "De grandeza, os dois são iguais" (risos).
Adriano, Ronaldo, Kaká...todos eles são brilhantes jogadores que, assim como Everton e Caju, começaram sua carreira em times menores e hoje fazem um maravilhoso futebol nos campos europeus. "Todo jogador sonha em jogar no exterior, se garantir financeiramente, ajudar a família. Mas, primeiro, quero fazer minha história aqui no Corinthians, dar muitas alegrias à torcida, cumprir meu contrato e daqui um bom tempo pensar em ir pra fora. Ainda há muito tempo pra ficar por aqui", completa Caju.

domingo, 20 de abril de 2008

Caso Isabella

Há 3 semanas a vida de duas famílias mudou completamente. Tanto os Nardoni quanto os Oliveira vivem o mesmo drama, porém com visões diferentes. De um lado, a dor da jovem mãe que nunca mais terá consigo a filhinha amada, e de outro, o pai da criança e a madrasta acusados previamente de espancar e lançar a menina do 6° andar. A mídia não se cansa de repetir a trágica morte da garota Isabella, provocando a ira da população que, antes mesmo de saber quem eram os verdadeiros culpados, já julgavam assassinos o casal suspeito.
Um ponto que considero relevante no caso é o papel da imprensa nele. Toda essa mobilização que tem invadido nossos lares nos últimos dias faz do assassinato um "show de horror". Cansamos de escutar que antes mesmo de chegar ao apartamento da família a menina já havia sido espancada; no laudo oficial (e até o que saiu antes dele) já haviam encontrado manchas de sangue no pulmão e no coração (o que caracterizaria uma asfixia antes da queda) e todos também já sabem de cor que a possibilidade de haver uma terceira pessoa responsável pelo crime no apartamento, segundo a polícia, seria quase nula. E todas essas informações, que não são novidade pra ninguém, foram veiculadas inúmeras vezes pela mídia. Confesso que eu, apesar de achar que tudo isso tá sendo super exposto, não desgrudo o olho da TV quando surge alguma notícia sobre o caso. E acredito que milhões de brasileiros também o façam, por isso que em todos os véiculos dia e noite divulgam imagens do casal, da mãe e fotos da pequena. É triste, mas a desgraça de uns torna-se ibope para outros.
Outro ponto interessante (na verdade absurdo!) é ver que pessoas,inclusive de outros estados, vão até a casa dos Nardoni para xingá-los, linchá-los e ao mesmo tempo clamam por justiça. Pera aí, que justiça? É justo ir até a porta de um suspeito desrespeitá-lo? É certo tirar a paz dos moradores vizinhos? Não bastasse ver sua foto estampada no jornal insinuando sua culpa, ainda são acusados violentamente na porta da própria casa. Até para ir à delegacia depor o casal teve que ser escoltado por policiais militares e até mesmo pelo GOE, correndo o sério risco de ser apedrejado. Acho que a mídia, apesar de sempre reforçar que "ainda não temos os culpados reais do crime", pela super exposição do casal suspeito já fez com que a massa os acusasse. Porém agora depois do último depoimento que acabou os indiciando por homicídio, acredito que a revolta contra o casal crescerá aidna mais. E pior do que a população indignada ir à porta para ofender Alexandre e Anna Carolina Jatobá, há também aqueles que vão até lá para aparecer na tv. Já repararam nos imbecis que ficam atrás sorrindo e dando tchau pra câmera? Lamentável.
Sim, eu tenho pena do casal. Não que eu ache justificável o crime, não que eu não tenha ficado chocada com o fato de uma criança ter sido jogada pela janela do 6° andar mas a vida do Alexandre e da Jatobá nunca mais será a mesma. Merecem sim uma punição a altura do crime que praticaram mas que isso fique a cargo da Justiça, e não da população sedenta por uma represália igualmente cruel.
Vi nessa última sexta-feira que o caso pode ser arquivado. Desejo do fundo do coração que isso não ocorra, que não se deixe esquecer de Isabella, de João Hélio, da garota de Goiás e todas as crianças desse Brasil que são diariamente maltratadas e mortas. "Justiça é só o que queremos", dizia um cartaz na porta da família Nardoni.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Bilhete único

É engraçado como a ação mais simples e a mais rotineira pode se transformar numa das coisas mais legais e dignas de estudo quando se está distraído.
Ontem, às 6h da tarde, percebo que meu bilhete único tinha apenas R$3,90 de crédito. Na estação Carrão decidi que iria carregá-lo, já que ainda faltava uma hora para a aula começar. Cheguei na (imensa) fila, abri minha mochila, peguei o mp3 e enfiei no bolso esquerdo, peguei o dinheiro e o enfiei no direito, e por fim o tal do bilhete no bolso de trás. Por causa da demora achei melhor ouvir música pra distrair, mas aí percebo que a porcaria da pilha estava fraquíssima e eu não tinha outra reserva. "Saco!". Guardei o mp3 de volta na mochila e, por falta de opções de diversão numa fila gigante que não anda, comecei a observar as pessoas que passavam pela passarela.
Tinha gente alta, baixa, feia, bonita, com piercing, com tatuagem, cabelo sedoso, cabelo seboso. Todos os estilos possíveis passaram por mim durante os cronometrados 21 minutos em que fiquei na fila. E alguns apressados andavam rápido, alguns relaxados conversavam enquanto caminhavam, alguns meninos com boné pra trás, algumas meninas com blusas curtíssimas, alguns executivos com uma pasta na mão e o celular na outra, um casal emo com suas franjas ao vento e até mesmo um deficiente visual sendo guiado pelo seu cão-amigo (acho que era um labrador). Diante de tantas diferenças, comecei a 'viajar' um pouco mais e a imaginar a vida de cada um. Os apressados estariam atrasados para uma importante aula ou na verdade só estariam andando dessa maneira pelo costume do dia-a-dia? Os meninos com boné pra trás usavam assim por estilo ou por que não pentearam o cabelo? E as meninas de blusas curtíssimas, será que saíram de casa vestidas assim? Ok, ok, isso não é problema meu, mas ficar parada por uns instantes num local assim e observar as pessoas para mim foi um exercício mental divertido. E que bom que a pilha do mp3 tinha acabado, ouvindo música eu jamais teria tido essa reflexão. "Imagina ficar parado na Sé então? Dá pra fazer um estudo antropológico!", disse o Leandro quando contei na faculdade a minha brincadeira- que- distrai- bastante- quando- se- está- na- fila- do- bilhete- único.
A distração foi tamanha que a moça da cabine que carrega o bilhete gritou 'próximo?' 3 vezes...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Metapostagem - um post sobre posts

Bem que eu desconfiava que ter um blog nos dias de hoje fosse uma coisa realmente importante. Na noite de ontem eu tive certeza.
Liberada das aulas na faculdade, assisti à uma palestra, na mesma, muitíssimo interessante sobre blogs. O tema principal foram os blogs. Tudo que foi dito lá era a respeito de blogs. Eu tenho um blog. Senti-me extremamente inspirada a postar hoje (sim, todos os meus posts provêm de uma forte inspiração, seja ela qual for; daí a irregularidade da frequência das postagens) então não deixemos que abaixe meu nível inspiracional (neologismo).
O cara que deu a palestra me pareceu saber bastante do assunto. Gil Giardelli era o nome dele. E mais do que saber alguma coisa, é importante saber transmitir tal conhecimento. Não, não estou puxando o saco pra conseguir um estágio, mas apenas elogiando o palestrante. Ontem descobri alguns vários endereços de blogs famosos (os quais ainda não visitei mas assim que acabar esse post dou uma conferida e depois indico os melhores). Todo mundo sabe o grande alcance que uma página na internet pode ter, mas agora as coisas são feitas por amadores mesmo, e com isso vão se fechando grupos de interesse. As pessoas são diferentes e anseiam por coisas diferentes. Assim como existem aquelas que gostam de chocolate ao leite, existem as que apreciam chocolate com fibras da Amazônia e consomem isso. (alguém leu A Cauda Longa?). Existem blogs jornalísticos, cômicos, poéticos...e então procuramos aqueles que mais nos agrada e nos identificamos.
Voltando ao cara da palestra, tenho certeza que ontem ele fez várias pessoas terem vontade de se tornarem blogueiras. Gil ressaltou que é muito importante ter um blog, mesmo que seja para escrever sobre a rotina do seu cachorro, o importante é se comunicar. Teve uma frase dita por ele também que me fez refletir demais. "Não importa muito quantas pessoas acessam seu blog, o que importa mesmo é quanto tempo elas ficam nele." De que adianta ter um milhão de acessos sendo que as pessoas não apreciam o conteúdo? A única coisa que não ficou muito clara pra mim é como se tornar rico e famoso a partir de um conteúdo qualquer num blog. A blogosfera é muito maior do que imaginamos, mas o que faz uma página se destacar mais do que as outras? Só divulgação? Alguém que souber por favor me avise, tô querendo sim chegar ao estrelato e ganhar um dinheirinho....

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Agitações

Posso dizer que a 8ª semana do ano de 2008 foi um tanto quanto agitada. Digo isso pois 3 acontecimentos ocorridos entre 18 e 22 de Fevereiro me inspiraram a escrever aqui nessa abafada tarde de sábado. Vamos aos fatos.
Terça-feira, 19 de fevereiro. Como de costume, ás 18h eu estava indo para a faculdade tentando embarcar no metrô na estação Carrão. Digo tentando pois havia um grande número de pessoas nas catracas porque "os trens estavam operando com velocidade reduzida". Nesses casos, a única coisa que se tem a fazer é ter paciência e ir se infiltrando entre a pequena multidão (onde encontrei uma grande amiga que também estava tentando embarcar rumo à faculdade) em direção à plataforma. Alguns minutos depois conseguimos entrar no metrô. A lentidão era tamanha que gastamos cerca de 20 minutos no percurso entre as estações Carrão e Tatuapé. "Seria melhor ter ido a pé, né?"
Como diria uma outra amiga minha numa situação semelhante, "acho que alguém caiu na linha". Fato. Chegando à estação Bresser, vi uma grande movimentação de bombeiros nas plataformas, isolando o local. Curiosos atrapalhavam o trabalho e então pude constatar que algo sério ocorrera minutos antes, prejudicando a circulação do metrô na linha vermelha justamente na hora do pico. Alguém realmente tinha caído ali e causado um baita estrago.
Quinta-feira, 21 de fevereiro. Passei o dia no município de São Caetano do Sul, no ABC paulista. Planejei sair de lá por volta das 17h para dar tempo suficiente de chegar às 19h na faculdade. Acabei saindo com meia hora de atraso, mas isso não seria um grande problema se não tivesse chovido tanto naquela tarde e outro incidente não tivesse ocorrido no metrô Tatuapé. Peguei um ônibus que me deixaria na estação de trem de São Caetano. A forte chuva prejudicou muito o trânsito e o percurso que duraria 10 minutos, acabou levando 20. Caos. Chegando à estação, vejo a plataforma de quem vai sentido Luz tomada de gente. Não vinha trem há muito tempo e a chuva ainda continuava.Caos. Minutos depois finalmente chegou um trem e todas as pessoas, já totalmente impacientes e cansadas, queriam entrar. Me incluo nessa categoria. Segurei forte minha bolsa e fui forçando a passagem.Consegui. Fui bem apertada durante o longo percurso entre São Caetano e Luz. A velocidade era reduzida, semelhante à de terça-feira no metrô. Chegando à estação Brás, o trem simplesmente não partia. Ouvimos um recado do maquinista dizendo que devido à chuva, os trens ficariam parados até que a situação melhorasse. Decidi então descer no Brás mesmo, ali eu pegaria o metrô e continuaria minha viagem. Chegando na plataforma do sentido Barra Funda, vejo, novamente, uma pequena multidão. Caos. "Devido à presença de usuário na via da estação Tatuapé, os trens estão operando com velocidade reduzida", dizia a voz do sistema de operação. DE NOVO?! "Caramba, mas agora todo dia alguém resolve se matar no horário de pico?!", pensei. Enfrentei, mais uma vez, a pequena multidão impaciente e cansada e cheguei a tempo para a 1ª aula, embora estivesse 40 minutos atrasada.
Sexta-feira, 22 de fevereiro. Dessa vez não tive obstáculos durante a ida à faculdade. O acontecimento relevante ocorreu logo depois da aula. Costumeiramente, às sextas-feiras, eu e meus colegas de classe frequentamos a rua Taguá, cheia de botecos e música alta para descontrair. Por ter sido uma noite quente, muitos universitários estavam na rua tomando cerveja, fumando, dançando e conversando. Quando menos se espera, surgem viaturas e dois caminhões da prefeitura. Era a fiscalização. Estavam confiscando todo e qualquer tipo de mercadorias que não fossem previamente autorizadas. Desde o carrinho de hot-dog do tio até a churrasqueira do barrigudinho. Houve tumulto, socos e até mesmo garrafadas. "Se você estivesse com a sua máquina agora e fotograsse isso,venderia até pra Reuters!". O cara do churrasquinho estava visivelmente indignado pois não poderia mais vender seus espetos e defender o trocado no fim do mês. Bateu boca com os caras da fiscalização, tomou uns sopapos e saiu algemado. Isso tudo na tal rua dos botecos e música alta cheia de estudantes. Minutos depois, após a movimentação, tudo voltou ao normal. Continuamos com a nossa cerveja gelada e a conversa animada.
Não sei até quando todo o material apreendido ficará realmente aprendido. Será que os ambulantes poderão voltar a trabalhar honestamente? Será que o tio do hot-dog vai ter sua towner de volta? E o churrasquinho, será que vai estar na brasa novamente? É estranho e ao mesmo tempo triste, porque se eles estão vendendo dignamente (embora sem autorização da prefeitura), ao mesmo tempo têm muitas pessoas roubando o suado dinheiro do povo lá no Planalto Central e continuam andando por aí em seus carros importados blindados.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Reencontro

Opa mas que beleza, há exatos 2 meses não posto por aqui. Resolvi - por motivo de força maior - voltar à ativa e manter o blog razoavelmente atualizado.
O assunto hoje é meio clichê, porém interessante. Reencontro.
Ontem, uma tarde quente de fevereiro, saí de casa com o intuito de encontrar algumas amigas que já não via há algum tempo. Nos conhecemos em 2003, no primeiro ano do Ensino Médio e estudamos juntas até o terceiro. Daí em diante a convivência foi ficando bem rara, cada uma seguiu seu rumo e foi estudar aquilo que escolheu pra ser sua carreira. O único lado bom da distância é que ela faz a gente perceber que, mesmo com esse empecilho, a amizade e o companheirismo permanecem.
Passamos a tarde toda conversando e dando (muita) risada. Relembramos momentos bizarros do colégio, contamos as experiências na faculdade e até planejamos um futuro com uma mais presente na vida da outra.
É engraçado perceber que a amiga mais tímida continua tímida, a palhaça continua bem palhaça e a eloquente cada vez mais entusiasmada. Mais engraçado ainda é notar que, na época da escola, caminhávamos na mesma direção, visávamos a faculdade, e hoje, uma pretende ser médica, a outra bióloga, a terceira jornalista...Divergimos nas profissões mas convergimos na união de uma amizade sólida que, mesmo com um certo espaço de tempo ausente, não se acabou.
Reencontrar velhos amigos é uma das melhores coisas que se pode fazer. É como conhecer pessoas novas que na verdade já são conhecidas ou fazer aquela amiga que você conhece bem parecer uma nova pessoa, de tanta novidade que ela tem pra te contar.