sábado, 23 de fevereiro de 2008

Agitações

Posso dizer que a 8ª semana do ano de 2008 foi um tanto quanto agitada. Digo isso pois 3 acontecimentos ocorridos entre 18 e 22 de Fevereiro me inspiraram a escrever aqui nessa abafada tarde de sábado. Vamos aos fatos.
Terça-feira, 19 de fevereiro. Como de costume, ás 18h eu estava indo para a faculdade tentando embarcar no metrô na estação Carrão. Digo tentando pois havia um grande número de pessoas nas catracas porque "os trens estavam operando com velocidade reduzida". Nesses casos, a única coisa que se tem a fazer é ter paciência e ir se infiltrando entre a pequena multidão (onde encontrei uma grande amiga que também estava tentando embarcar rumo à faculdade) em direção à plataforma. Alguns minutos depois conseguimos entrar no metrô. A lentidão era tamanha que gastamos cerca de 20 minutos no percurso entre as estações Carrão e Tatuapé. "Seria melhor ter ido a pé, né?"
Como diria uma outra amiga minha numa situação semelhante, "acho que alguém caiu na linha". Fato. Chegando à estação Bresser, vi uma grande movimentação de bombeiros nas plataformas, isolando o local. Curiosos atrapalhavam o trabalho e então pude constatar que algo sério ocorrera minutos antes, prejudicando a circulação do metrô na linha vermelha justamente na hora do pico. Alguém realmente tinha caído ali e causado um baita estrago.
Quinta-feira, 21 de fevereiro. Passei o dia no município de São Caetano do Sul, no ABC paulista. Planejei sair de lá por volta das 17h para dar tempo suficiente de chegar às 19h na faculdade. Acabei saindo com meia hora de atraso, mas isso não seria um grande problema se não tivesse chovido tanto naquela tarde e outro incidente não tivesse ocorrido no metrô Tatuapé. Peguei um ônibus que me deixaria na estação de trem de São Caetano. A forte chuva prejudicou muito o trânsito e o percurso que duraria 10 minutos, acabou levando 20. Caos. Chegando à estação, vejo a plataforma de quem vai sentido Luz tomada de gente. Não vinha trem há muito tempo e a chuva ainda continuava.Caos. Minutos depois finalmente chegou um trem e todas as pessoas, já totalmente impacientes e cansadas, queriam entrar. Me incluo nessa categoria. Segurei forte minha bolsa e fui forçando a passagem.Consegui. Fui bem apertada durante o longo percurso entre São Caetano e Luz. A velocidade era reduzida, semelhante à de terça-feira no metrô. Chegando à estação Brás, o trem simplesmente não partia. Ouvimos um recado do maquinista dizendo que devido à chuva, os trens ficariam parados até que a situação melhorasse. Decidi então descer no Brás mesmo, ali eu pegaria o metrô e continuaria minha viagem. Chegando na plataforma do sentido Barra Funda, vejo, novamente, uma pequena multidão. Caos. "Devido à presença de usuário na via da estação Tatuapé, os trens estão operando com velocidade reduzida", dizia a voz do sistema de operação. DE NOVO?! "Caramba, mas agora todo dia alguém resolve se matar no horário de pico?!", pensei. Enfrentei, mais uma vez, a pequena multidão impaciente e cansada e cheguei a tempo para a 1ª aula, embora estivesse 40 minutos atrasada.
Sexta-feira, 22 de fevereiro. Dessa vez não tive obstáculos durante a ida à faculdade. O acontecimento relevante ocorreu logo depois da aula. Costumeiramente, às sextas-feiras, eu e meus colegas de classe frequentamos a rua Taguá, cheia de botecos e música alta para descontrair. Por ter sido uma noite quente, muitos universitários estavam na rua tomando cerveja, fumando, dançando e conversando. Quando menos se espera, surgem viaturas e dois caminhões da prefeitura. Era a fiscalização. Estavam confiscando todo e qualquer tipo de mercadorias que não fossem previamente autorizadas. Desde o carrinho de hot-dog do tio até a churrasqueira do barrigudinho. Houve tumulto, socos e até mesmo garrafadas. "Se você estivesse com a sua máquina agora e fotograsse isso,venderia até pra Reuters!". O cara do churrasquinho estava visivelmente indignado pois não poderia mais vender seus espetos e defender o trocado no fim do mês. Bateu boca com os caras da fiscalização, tomou uns sopapos e saiu algemado. Isso tudo na tal rua dos botecos e música alta cheia de estudantes. Minutos depois, após a movimentação, tudo voltou ao normal. Continuamos com a nossa cerveja gelada e a conversa animada.
Não sei até quando todo o material apreendido ficará realmente aprendido. Será que os ambulantes poderão voltar a trabalhar honestamente? Será que o tio do hot-dog vai ter sua towner de volta? E o churrasquinho, será que vai estar na brasa novamente? É estranho e ao mesmo tempo triste, porque se eles estão vendendo dignamente (embora sem autorização da prefeitura), ao mesmo tempo têm muitas pessoas roubando o suado dinheiro do povo lá no Planalto Central e continuam andando por aí em seus carros importados blindados.

3 comentários:

Diego disse...

aposto que a chimarruts diria o mesmo

Anônimo disse...

alguém caiu no metrô=FATOOOO
hauahauahuahauahauahaua

raxei c a Chimarruts =P

Anônimo disse...

devo admitir q esse post eh grande
mas q concordo com oq foi dito no final

vc eh uma cabe�o
ahuahauha

^^